Na
Mitologia Bantu - Mpambu em Kikongo significa (Encruzilhada) e Njila (Caminho).
Pambu Njila é
um Nkisi, nome pelo qual é conhecido o orixá EXÚ em candomblés
de Nação Angola. Exú é o intermediário entre os seres
humanos e os outros Nkisis.
É o Senhor
dos caminhos e dos começos. Guardião das aldeias e que tinha seu culto
geralmente nas suas entradas, tal qual Èsù Yorubá ou o Legbara Daomeano.
Ou seja, o caminho é o mesmo, muda-se o nome, a língua, algumas tradições, mas
a ideia é a mesma, assimila-se Exú com Pambu Njila, mas cada tradição mantem
suas especificações, mesmo que troquem a língua falada ou o
nome.
A palavra
Èsù em Yorubá significa "esfera" e, na verdade, Exú é o Orixá do
movimento.
Ele é quem
recebe as oferendas em primeiro lugar a fim de assegurar que tudo corra bem a
de garantir que sua função de mensageiro entre o Òrun e o Àiyê,
mundo material e espiritual, seja plenamente realizada. Na África na época das colonizações,
o Exu foi sincretizado erroneamente com o diabo Cristão pelos
colonizadores, devido ao seu estilo irreverente, brincalhão e a forma
como é representado no culto africano, um falo humano ereto, simbolizando a
fertilidade.
Por ser
provocador, indecente, astucio e sensual é comumente confundido com a figura de Satanás,
o que é um absurdo dentro da construção teológica Yorubá, posto
que não está em oposição a Deus, muito menos é considerado
uma percificação do Mal. Mesmo porque nesta religião não existem
Diabos ou mesmo entidades encarregadas única e exclusivamente por coisas ruins
como fazem as religiões Cristãs, estas pregam que tudo o que acontece
de errado é culpa de um único ser que foi expulso, pelo contrário na
mitologia Yorubá, bem como no candomblé cada uma das entidades (Orixás)
tem sua porção positiva e negativa assim como o próprio ser
humano.
De caráter irascível,
ele se satisfaz em provocar disputas e calamidades aquelas pessoas
que estão em falta com ele.
No entanto,
como tudo no universo, possui de um modo geral dois lados, ou seja: positivo e negativo.
Exu também funciona
de forma positiva quando é bem tratado. Dai ser Exu considerado o
mais humano dos Orixás, pois o seu caráter lembra o do ser
humano que é de um modo geral muito mutante em suas ações e atitudes.
Conta-se
na Nigéria que Exu teria sido um dos companheiros de Odùduwà quando
da sua chegada a Ifè e chamava-se Èsù Obasin. Mais tarde, tornou-se
um dos assistentes de Orunmilá e ainda Rei de Ketu, sob o nome
de Èsù Alákétú.
A
palavra Elegbará significa "aquele que é possuidor do poder
(agbará)" e esta ligado à figura de Exu.
Um dos cargos de Exu na Nigéria, mais precisamente em Òyó, é o cargo denominado de Èsù Àkeró ou Àkesán, que significa "chefe de uma missão", pois este cargo tem como objetivo supervisionar as atividades do mercado do Rei.
Exu praticamente não possui Ewós ou Quizilas aceita quase tudo que lhe oferecem.
Um dos cargos de Exu na Nigéria, mais precisamente em Òyó, é o cargo denominado de Èsù Àkeró ou Àkesán, que significa "chefe de uma missão", pois este cargo tem como objetivo supervisionar as atividades do mercado do Rei.
Exu praticamente não possui Ewós ou Quizilas aceita quase tudo que lhe oferecem.
Os Yorubás
cultuam Exu em um pedaço de pedra porosa chamada Yangi, ou fazem um montículo
grotescamente modelado na forma humana com olhos, nariz e boca feita de búzios.
Ou ainda representam Exu em uma estatueta enfeitada com fileiras de búzios
tendo em suas mãos pequeninas cabaças onde ele, Exu, carrega diversos pós
elementais da terra utilizados de forma bem precisa, em seus trabalhos.
Exu tem a
capacidade de ser o mais sutil de todos os Orixás. e quando as pessoas estão em
falta com ele, simplesmente provoca maus entendidos e discussões
entre elas e prepara-lhes inúmeras armadilhas. Diz um Orìkì (historia)
que: "Exu é capaz de carregar o óleo que comprou no mercado numa
simples peneira sem que este óleo se derrame".
E assim é
Exu, o Orixá que faz: O erro virar acerto e o acerto virar erro.
Laroyê exú!, Exú é mojubá!
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